Friday, April 21, 2006

to b-on?

A minha instituição mantém uma subscrição para o serviço b-on, a Biblioteca do Conhecimento on-line, e recentemente recebemos um questionário para avaliar a nossa utilização do mesmo. Tive que admitir que as minhas experiências na b-on me deram mais frustração que resultados.

Ou seja, sei que os índices e depósitos científicos mais importantes se encontram incluídos lá - ISI, Elsevier etc, mas para mim encontrar artigos que preciso de consultar não é fácil (algumas que até sei mesmo que existem).

Busca 1
bill williams participation online
Tenho duas publicações em jornais internacionais com as palavras online e participation no título; fiz várias pesquisa no b-on e não localizei nada.
Fazendo em Google, encontro logo várias referências a trabalhos relacionados ou mencionando os meus (mas não os artigos).
Em Google Scholar chego logo a um dos meus artigos. E ainda descobri que uma tese de doutoramento em química orgânica feito em Alemanha em 2002 cita um artigo meu publicado em 1973 (ou seja antes da altura que se pode encontrar artigos disponibilizados online).

Busca 2
rui carrilho gomes (um colega meu com artigos publicados em revistas internacionais)
B-on: não encontro nada
Google: também não
Google Scholar: Encontro um artigo dele

Conclusão: para certas áreas o Google Scholar é mais eficaz (e muito mais fácil de utilização diga-se)


Resumindo: as minhas primeiras tentativas não foram muito frutíferas.
Entretanto, recebi hoje um manual de utilizador de B-on. Nas suas 18 páginas o livrinho explica em pormenor os vários tipos de busca possível e nos próximos dias comprometo-me seguir as instruções religiosamente para ver se consiga ter melhores resultados.

Mas para mim ainda fica uma questão de fundo: porque precisamos dum manual para tirar proveito duma ferramenta comercial (e não barata) enquanto uma ferramenta gratuita como o Google Scholar se pode utilizar com sucesso imediato sem necessidade de instrução adicional?

Saturday, April 08, 2006

Aqui em Maputo ...


... o curso tem tido momentos muito bons. Apesar de alguns problemas logísticos nos primeiras dias, já estamos com um bom ritmo de trabalho nas sessões presenciais e sinto que entre o grupo de 18 participantes, de variadas entidades e ONGs, e a equipa de coordinação, Dra Susana Maleane do Centro de Estudo Africanos do UEM e Dr Valerito, investigador do CEA, e o proprio, temos

um bom conjunto de pessoas, capaz de levar para frente uma boa formação e frutuosa partilha de conhecimentos na faze online a decorrer durante as proximas 8 semanas.

Os trabalhos têm sido divididos entre o f2f (face to face) e online com mais tempo dedicado ao primeiro, dado que o acesso a rede durante o dia é um bocado lente.

No primeira dia, como previsto, partilhamos algumas momentos importantes de aprendizagem na vida de cada um e depois falamos de teorias de aprendizagem como constructivismo e constructionismo social.
E já no terceiro dia tivemos uns exemplos destes conceitos postos na prática quando trabalhamos em grupos para preparar e apresentar formas de explicar “às comunidades” do que concretamente estamos a referir quando falamos de Exclusão Social. Neste sessão, realizada em regime de team teaching com o professor de sociologia, Dr Valerito, alguns grupos optaram por uma apresentação mais classica, um elemento a falar apoiado por posters, e claro que aprendi bastante sobre a realidade em Moçambique assistindo estas intervenções.
Mas a abordagem mais marcante para mim (e olhando para as reflexões colocadas online depois, para quase toda gente) era o grupo que optou por começar com uma pequena encenação dramática onde os membros do grupo representaram pessoas da comunidade a tentar comunicar com o chefe da escola local (uma aluna que faltava porque tinha que buscar bidões de água, um deficiente em cadeira de rodas, um representante local que não conseguia ser compreendido pelo chefe). A dramatização foi muito viva e foi só depois de estabelecer estes exemplos nos nossos mentes que else partiram para uma abordagem com posters elucidativos.